sábado, 17 de dezembro de 2011

Papai Noel e o Fuso Horário




Comecei a pensar:
Como é que pode Papai Noel estar em todas as casas na mesma hora? Como é que pode, exatamente à meia-noite do dia 24 de dezembro, Papai Noel entregar presentes pra todas as crianças do mundo?
Pensei, pensei e a coisa não entrava na minha cabeça. De repente, duvidei que Papai Noel existisse. Fui falar com a minha mãe:
— Mãe, Papai Noel não existe, né?
— Quem te disse uma coisa dessas?!
— Ninguém. É que fiquei pensando, isso deve ser historinha pra criança, porque é impossível alguém estar em todos os lugares ao mesmo tempo...
— Bom, pra começo de conversa, o Papai Noel não é igual a gente. Ele é meio mago e meio santo, não obedece e nem acredita nas leis da física e nas limitações do homem.
— Hum?
— Papai Noel não duvida de nada, ele acredita que tudo é possível. Depois, suas renas são mágicas e seu trenó, é claro, é enfeitiçado. Isso torna tudo mais fácil.
— Mesmo assim, quantas casas têm no mundo?
— Milhões... Mas ele não precisa estar em todas ao mesmo tempo. Ele usa o fuso horário a seu favor.
— O fu de quem?
— O fuso horário é o que faz com que, quando é meia noite no Japão aqui no Brasil seja meio-dia.
— Hum...
— É como se o mundo fosse dividido em 24 fatias, daí a meia-noite vem chegando aos poucos no mundo inteiro. Do oriente para o ocidente. Primeiro no Japão, depois na China, depois na Índia, depois na Europa, depois no Brasil etc, etc.
— Hum...
— O que quer dizer que o Papai Noel tem uma hora pra entregar os presentes no Japão, depois uma hora pra entregar na China...
— Nossa, mas comparando o tamanho do Japão com a China, na China ele tem que correr bem mais!
— É nessa hora que as renas mágicas e o trenó encantado entram em ação!
— Acho que entendi... Mas se são 24 meias-noites diferentes no mundo... Então ele trabalha 24 horas sem parar?! Um dia inteiro sem dormir?!
— É. Mas depois ele tem bastante tempo pra descansar...
— Ô, coitado... tão velhinho.


Depois que eu entendi o fuso horário, parei com essa bobagem de achar que Papai Noel não existe. Agora vou perguntar pra minha mãe se ela compra um barbeador pra eu deixar pra ele de presente quando ele vier aqui em casa. Acho que lá na Lapônia não tem dessas coisas, não.

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